domingo, 22 de abril de 2012

Trabalho do Fruto

Afasto a arma cândida 
Da mão suja
Não faço refém
Nem rasgo carne crua
Minhas sementes
São plásticas
Vingam a linhagem tua
Vão saltar além 
Daquele passo na lua 
Meu êxtase
É programado
Por correntes elétricas
Abnego a condição humana
Visto uma pele sintética
Venero fauna e flora
Isolado na guerra
Assim me regenero
Até o fim da festa

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Desculpa amor
Aqui
Nenhum toque deve ser
Mais sincero que o seu
Próprio
Não suporto sofrimento
Prefiro me transformar
Em símbolos
Pra colecionar
No seu diário

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Gêmeos

Um sereno intenso
Vem calmo e denso
Meu equilíbrio gêmeo
É forte e manso
Chegou imenso
De um jeito que
Não canso

sexta-feira, 23 de março de 2012

O Laço

Não sei se um Pedaço
Ou
Um Inteiro Divino
Desejo a Fusão Primordial
Sonho concreto ou ilusão?
Vivo a Expansão Universal
Destino reto ou não?
Sou do Todo um Pouquinho
Num Laço Infinito
Levo Amigos no Caminho
Desejamos voltar ao Ninho
Absoluto ou mito?
Sei que amo um Gênio
Encontrei Fora de Mim
Ele é o Rei do milênio
E afaga Dentro Daqui



quinta-feira, 8 de março de 2012

ÚMIDOS

Em cada gota
Um suspiro
Desprendendo rochas
Chorou a moça
Um profundo rio

Na corrente
Entre algas
Nada moveu o moço
Que se afogou
Deslizando no vazio

Criador da esfera
Levem-nos adiante
Para o mar do teu sonho
Ao mel da tua fonte

terça-feira, 8 de novembro de 2011

The true genius of humanity will unlock the mystery of the soul. 
All other great men will only be visionaries using the tools inherent in nature.
Thus, there is nothing to be gained by disguising what is external without understanding the essence.
Run! Who knows maybe it's you.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ALCANÇOU CONSTELAÇÕES MEU REI JEQUITIBÁ (cariniana estrellensis)



Representou o mais frágil
Deu pompa ao abismo
A Coroa de Hércules
Negou
Desprezou o Compasso
Não fechou o círculo
A Ave do Paraíso 
Sangrou


Secretamente
Orgulhou-se do altruísmo
Mas no vazio
Habitou
Noutro manifesto
Convocou o Cornífero
Em seu manto o tronco
Disfarçou


Um sincretismo tolo
Ilustrou
De um sincero eufemismo
Abusou
Do Arqueiro a Flecha
Desviou
Da mimosa acácia
Gabou


Mas seu destino o Esquadro
Traçou
Um Altar ao Pavão
Reservou
No seu corpo um Triângulo
Gravou:
Tua madeira é branca
Creme a flor!


Num conto envolvente
Destilou
Seu veneno inocente
Desvelou
A tortuosa semente
Nunca voou
É o vento  quem dispersa
Seu amor


sábado, 22 de outubro de 2011

A "DEMÔNIOCRACIA" NO SAMBA

A Nova Era chegou, já calçou o seu estilo?
Se você tem glamour vem comigo
Esteja bento ou crescido
Traga alfinetes e agulhas
Para o voodoo coletivo
Vista a armadura da ilusão
Siga o "ditador evoluído"
Vem ser mais um Sultão
Desse exército desnutrido


(2X)
Sou um moderno zumbi
Sou fashion, sou diva
Importei da Colômbia a "colombina"
Implantei meu chip nas Maldivas
Transformei serpentes em cortinas
E sambei na cara da polícia


Grafite é a arte "da hora"
Esqueçam a precisão do Magritte
Vamos poluir Mundo afora
Vamos consumir sem limites
Capturem a essência da obra
Tattoo é  tendência na folia
Trinta mil caveiras bandidas
Zombando da alegria

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

THE TWISTED ACACIA / ACACIA TORTUOSA (A ÚLTIMA COBAIA DO MILÊNIO)



Vem no delay da Ciência
A virtuosa calamidade
Debruçada na ignorância
Sufocada por ansiedade
Cavalgando a esperança
Seduzida pela maldade
Vem garantir na dança
Os passos da bondade


E quando todos os castelos
Enfim, igualmente erguidos
Libertar-se-ão os pássaros
Dos amores perdidos
Esquecendo na prisão
Velhos tempos sofridos
Para reunir nos caminhos
Verdadeiros sentidos


Vem o Rei da paciência
Na tortuosa prosperidade
Provocada por ganância
Alienada pela sociedade
Protegendo a criança
Induzida por vaidade
Vem distribuir na balança
O espaço da cidade


E quando todos os castelos
Enfim, igualmente erguidos
Libertar-se-ão os pássaros
Dos amores perdidos
Esquecendo na prisão
Velhos tempos sofridos
Para reunir nos caminhos
Verdadeiros sentidos


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

KÁZIA KHAOS KALÒN KACÓN (Pandora)


No fractal das Horas
Tecem as Parcas
Melodias eruditas
Ao Rei menino
No ritual das cordas
Trançam as Graças
Prelúdios-registros
Do ensino
De Nostradamus

A profecia
O arqueiro de Júpiter

Vingaria
Somente Mercúrio
Na bela lira
Poderá despertar
Aurora ferida
Quem outrora Pã
Seduzira
Na densa vinha

Jazia
Sob feitiço de Nix
Traída
O que restou na taça

Harmoniza
Lua na sétima casa

Humaniza
O filho de Caos se aproxima
De Esperança é a alegoria
Águia e corvo equilibram
O Aquário translúcido que confia
Por amor ao homem anuncio
A Era Diamante que tardia


quarta-feira, 27 de julho de 2011

GIRASSOL SOLDADO

Estou congelado
Mas Ele, sempre a Lua vem salvar
Animo o desafino, desafio o desatino
Sou um girassol soldado
Na maré cheia do quasar
A marcha do meu dia
Nunca é um pesar
Porque sigo a estrela guia
Que faz a sombra sambar
Se o acaso lhe trouxer
Não vou mais confiar
Seu fogo quer me consumir
Sem dar tempo de amar
Então apague todo indício
Antes que eu volte a me enganar
O Rei não vai permitir
Outra noite sem luar

quinta-feira, 14 de julho de 2011

UMA PLUMA PUMA

É ela
A pluma parda das Américas
Que adornou o puma alado
Da vigésima segunda geração

Aquela
Que atravessou o firmamento
E resgatou da eternidade
A chave mestra do conhecimento

Delicada
Voou contra rajadas
Para riscar na escuridão
Luminosos rastros ao vento

Suçuarana
Sangrou a dúvida e o silêncio
Para confortar os sentimentos
Que habitam o coração

É ela aquela delicada suçuarana

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O MEL DA LUA EM ESCORPIÃO É MUITO MAIS DOCE


EXORCIZE-SE NO LAGO

Desprendeu da terra batida
Uma fúria soberba
Seus terremotos não podem exorcizar
Minha nata destreza
Controla sua íra seca no barro
Ou trincará tal beleza
Aceita minha máquina divina
Obra que pulsa nobreza
Sacode o pó que tolera
Nos póros do desgosto
Banhe-se em águas claras
Lágrimas doces do meu rosto
Tomba suas pedras do passado
No abismo da avareza
Tem montanhas do meu lado
Satisfeitas por natureza
Salta depressa no lago
Antes que o todo apodreça
Vem curar sua tristeza
Mergulha de cabeça
Se encontrar outra saída
Volte à caverna e desista
Aqui não tem rachaduras
Para abrigar parasitas

terça-feira, 5 de julho de 2011

O NONO DONO DO DOM DUO... DOMOU O MUNDO NÚ... NUM NÓ MUDO

Obrigado
Me desculpe
Demorei a entender
Eu quero ser melhor
Vou aprender com você
Que equilibra
As células da consciência

Vou arriscar no escuro
Para crescer
E confiar no instinto
Que herdei de você
O templo da prudência

Vou matar a sede de viver
O emocional
Enquanto os outros iludem
O que é natural
Minha razão
É a sua existência

Despertei nos braços do mundo
Para entender
Que o sentido de tudo
É amar você
A Dona de toda inteligência

Quero me sentir seguro e especial
Vou me atirar enxuto do temporal
Sou o templo da prudência

Hoje estou melhor
Pois aprendi com você
Que para prosperar um futuro
Só basta crer
No Dono de toda vivência

NUTRE-TE, ÓH TERRA!

Neste novo, Novo Testamento
Jesus não será crucificado
Vingará seu amor em plenitude e perfeição
Judas, curado
Elevar-se irá como um símbolo de ressurreição
E da sombra de Deus surgirão outros gênios
Para iluminar prósperos milênios

segunda-feira, 27 de junho de 2011

26/06 SP PRIDE 2011

Uma alegria eminente
Raiou da Bela Vista
Asas em plumas incandescentes
Abraçaram a Paulista
Caíram anjos indecentes
Para proteger masoquistas
Que afagaram príncipes inocentes
Na orgulhosa conquista

sábado, 25 de junho de 2011

SEM PONTO

.
O ponto é um círculo infinito
Partícula aberta no possível
É a beira do ridículo
De um final invisível
:
Dois pontos são espetáculos indefinidos
Emancipados pelo ilusionismo
Dois egos feridos do autismo
Em um diálogo inconcebível
...
Três pontos são contos do imprevisível
Anunciados no templo vazio
Sentenciados pelo livre arbítrio
E pelo vício de um tempo lícito

Sem ponto não tem terrorismo
Ninguém censura mito do capitalismo
Não tem palhaço na lama do rio
Nem estilhaço no ombro de Cristo

segunda-feira, 20 de junho de 2011

SOL E ASCENDENTE AQUÁRIO, LUA EM CÂNCER

Reúne o sopro de Deus
Seu Aquário
Oxigênio que hidrata a vida
Derramam lágrimas
Suas cachoeiras
Santuário
Seus iluminados córregos
Avenidas
O mistério da lua lhe confia
Conselhos prateados
Sábios raios de energia
Serpenteia o solo
Sua rebeldia
Transborda no caminho
Sua alegria
Respira comigo
O presente
Que a sua rara fonte cria

A LAVA DA PELE

Aqueceu no delírio febril
Da minha pele
Lava
Senti gelar seu quadril
Pedra
O calor do amor
Não pode esfriar
Fogo
Seu sólido instante
Deve queimar
Minhas florestas são fogueiras
Sua madeira esculpida
Desejo
Incendiar
Nada além à deriva
Trago rochas para esquentar
As labaredas dançam nas curvas
Vão lhe transformar
As cordilheiras derretem no corpo
Vão lhe modelar
Seu morno ferveu
Tem fumaça no ar
Vamos incendiar

quinta-feira, 9 de junho de 2011

UM MERGULHO NO DESTINO

Aqui
A correnteza
Lhe empresta o ritmo
As fortalezas
Tesouros vívidos
Ventos lustram ondas
No azul marítimo
Vem no balanço
Do meu reino líquido
Mergulha que a maré
Inunda seus domínios
Lava sua fé
Fecunda seus princípios
Meu encontro das águas
Tem
Redemoinhos
Que giram do umbigo
Os novos caminhos
Das profundezas
Os sonhos mais lindos
Emergem vitórias
E sorrisos límpidos
Bebam o suco do destino
Façam-se puros
E cristalinos

sábado, 4 de junho de 2011

O BEIJO DE NARCISO

Todo o tempo escondido
Entre os anéis de Saturno
Esculpido por Deus:
Narciso
Meu espelho em energia, órbita e peso
Um microssatélite do início da vida
Transporta a soma e o segredo
Que completam o meu inteiro
Todo o bem e o mal
Em batalhas compridas
Selam a química vibrante do primeiro
Na união perfeita
O beijo da origem
Volúpias iguais das superfícies leais
Em harmonias circulares
Os reflexos colidem
Sentimentos reais e intensidades ideais
As complexidades se anulam
Os espectros exibem 
A paixão das belezas
Eternamente virgens

quinta-feira, 2 de junho de 2011

LUME FIXO

Vem Rei
Meu lume fixo
Agora é hora
Do seu ofício
São 12 chamas
No sacrifício
Do outro lado
Um precipício
Aponta Sol
Seu raio místico
Lança de fogo
Sangue de Cristo
Vem do meu lado
Licor do início
Gota de amor
Melado vício
Lágrimas de ouro no crucifixo
Agora é hora
Do seu ofício
E vai-se embora
Meu lume fixo
Cai sem demora
No precipício
Do outro lado
Mais sacrifício
São 12 lanças
Sangue de Cristo
Vigor da vida
Desde o solstício