quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ALCANÇOU CONSTELAÇÕES MEU REI JEQUITIBÁ (cariniana estrellensis)



Representou o mais frágil
Deu pompa ao abismo
A Coroa de Hércules
Negou
Desprezou o Compasso
Não fechou o círculo
A Ave do Paraíso 
Sangrou


Secretamente
Orgulhou-se do altruísmo
Mas no vazio
Habitou
Noutro manifesto
Convocou o Cornífero
Em seu manto o tronco
Disfarçou


Um sincretismo tolo
Ilustrou
De um sincero eufemismo
Abusou
Do Arqueiro a Flecha
Desviou
Da mimosa acácia
Gabou


Mas seu destino o Esquadro
Traçou
Um Altar ao Pavão
Reservou
No seu corpo um Triângulo
Gravou:
Tua madeira é branca
Creme a flor!


Num conto envolvente
Destilou
Seu veneno inocente
Desvelou
A tortuosa semente
Nunca voou
É o vento  quem dispersa
Seu amor


sábado, 22 de outubro de 2011

A "DEMÔNIOCRACIA" NO SAMBA

A Nova Era chegou, já calçou o seu estilo?
Se você tem glamour vem comigo
Esteja bento ou crescido
Traga alfinetes e agulhas
Para o voodoo coletivo
Vista a armadura da ilusão
Siga o "ditador evoluído"
Vem ser mais um Sultão
Desse exército desnutrido


(2X)
Sou um moderno zumbi
Sou fashion, sou diva
Importei da Colômbia a "colombina"
Implantei meu chip nas Maldivas
Transformei serpentes em cortinas
E sambei na cara da polícia


Grafite é a arte "da hora"
Esqueçam a precisão do Magritte
Vamos poluir Mundo afora
Vamos consumir sem limites
Capturem a essência da obra
Tattoo é  tendência na folia
Trinta mil caveiras bandidas
Zombando da alegria

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

THE TWISTED ACACIA / ACACIA TORTUOSA (A ÚLTIMA COBAIA DO MILÊNIO)



Vem no delay da Ciência
A virtuosa calamidade
Debruçada na ignorância
Sufocada por ansiedade
Cavalgando a esperança
Seduzida pela maldade
Vem garantir na dança
Os passos da bondade


E quando todos os castelos
Enfim, igualmente erguidos
Libertar-se-ão os pássaros
Dos amores perdidos
Esquecendo na prisão
Velhos tempos sofridos
Para reunir nos caminhos
Verdadeiros sentidos


Vem o Rei da paciência
Na tortuosa prosperidade
Provocada por ganância
Alienada pela sociedade
Protegendo a criança
Induzida por vaidade
Vem distribuir na balança
O espaço da cidade


E quando todos os castelos
Enfim, igualmente erguidos
Libertar-se-ão os pássaros
Dos amores perdidos
Esquecendo na prisão
Velhos tempos sofridos
Para reunir nos caminhos
Verdadeiros sentidos


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

KÁZIA KHAOS KALÒN KACÓN (Pandora)


No fractal das Horas
Tecem as Parcas
Melodias eruditas
Ao Rei menino
No ritual das cordas
Trançam as Graças
Prelúdios-registros
Do ensino
De Nostradamus

A profecia
O arqueiro de Júpiter

Vingaria
Somente Mercúrio
Na bela lira
Poderá despertar
Aurora ferida
Quem outrora Pã
Seduzira
Na densa vinha

Jazia
Sob feitiço de Nix
Traída
O que restou na taça

Harmoniza
Lua na sétima casa

Humaniza
O filho de Caos se aproxima
De Esperança é a alegoria
Águia e corvo equilibram
O Aquário translúcido que confia
Por amor ao homem anuncio
A Era Diamante que tardia