quarta-feira, 24 de abril de 2013

Deus no Éden

Hoje ser Fruto
Talvez Serpente
De manhã Mulher
Homem sempre

_Madeira bruta que já é gente:


_Você mente


_Sê mente!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Gabou-se reto e concreto

            Zombou

      Do ser
Complexo

Mas no bar foi buscar


A

   b
      s
         t
            r
               a
                  ç
                     ã
                        o

Negou compreender

A beleza  e  o poder
Que oprimia na mão

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Azul e Negro

Sei sua luz
Sei seu enredo
Qual olhar conduz
Qual mete medo
Gosto de tudo
Também do negro
Pois
Nem todo azul
Tão lúcido de sossego
Pôde alcançar o céu
Do seu segredo

sábado, 30 de março de 2013

Sê guiado
Àquele sensato prodígio
De benevolência panteísta
(Intolerante ofídio)
Coral coroada pelo cinismo
O couro simula agora passivo
Da esplêndida farsa
Abafa o sismo
Fera, horda, uivo e silvo
Enfim, regurgito

domingo, 17 de março de 2013

No templo da teimosia

Em noite sem cor
Poesia é "não tem"
Vai raiar seu amor
Se Deus quiser
O dia já vem

Seu calor

Sopra o vento
Corrente a dentro
Chega ao coração
Traz valor
Faz seu templo
Atento ao pulso
Da evolução
Só finge que não

Num jardim sem flor

Poesia é "não tem"
Vai brotar com vigor
Se Deus quiser
Nuvem cheia vem

Vem amor

No seu tempo
Teimosia é poesia


segunda-feira, 4 de março de 2013

UM

Não vê
Colorida
A igualdade
Você
Nem conhece
A saudade
Vivo então
Escravo de ser
Seu menos eu
Mais nada

Só sei

Existir
Nas exatas
Indo
Encontrei
Somas fracas
Só lhe contei

Tentei 

Elevar
Meu número
Zerei
Também
No segundo
Seu menos eu
Mais nada
Só lhe contei

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O que escrevo
Sou agora
Símbolos
De traços
Cognitivos
Na teoria
Faço sentido
Pilha
De palavras
Somatórias
Na transparência
Me coro
Da inocência
Que revigora

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Porto Retiro

Do preto
Vem tudo
Tanto querer
Enrijece
Confunde
O simples
Se esquece
Contudo
Abracadabra
O meu retiro
Energia branca
De sonoro ritmo
Branda magia
No porto
Respiro

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Nativo Desejo

De olhos fechados
Canto
E ainda vejo
Dança
Beleza
Espelhos sem fim
Flutua entre o sol e a lua
Um luzidio cortejo de estrelas
Projetando desejos
Sonhos
E beijos em mim

terça-feira, 8 de maio de 2012

Amor verbal

Em cada
Degrau
Um outro
Horizonte
Do início ao
Final
Formou-se a
Ponte
Se forte é
Sinal
Que amou cada
Fonte

Em cada
Fonte
Um outro
Sinal
Do início ao
Horizonte
Formou-se o
Final
Se forte a
Ponte
Amou cada
Degrau

Em cada
Final
Uma outra
Ponte
Do início ao
Sinal
Formou-se a
Fonte
Se forte o
Degrau
Amou cada
Horizonte



segunda-feira, 7 de maio de 2012

Inorgânico Invisível Infinito

O design cura
Mas ilude
A passagem
Da reta pura
Pois se quebra
Num ponto
Que circula
Anula
Tortura
Reconfigura

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A Fênix e o Alvo Imaginário (Hara Kalma)

Tem pretas escamas
E pele dourada
O híbrido índio
"Flecha Incendiária"

Um móvel altar
Calçou pela estrada
Esmagando a malária
Feito onça pintada

E se lançou
"Rara Calma"
A lânguida chama
De aura lavada
No rastro da alma



domingo, 22 de abril de 2012

Trabalho do Fruto

Afasto a arma cândida 
Da mão suja
Não faço refém
Nem rasgo carne crua
Minhas sementes
São plásticas
Vingam a linhagem tua
Vão saltar além 
Daquele passo na lua 
Meu êxtase
É programado
Por correntes elétricas
Abnego a condição humana
Visto uma pele sintética
Venero fauna e flora
Isolado na guerra
Assim me regenero
Até o fim da festa

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Desculpa amor
Aqui
Nenhum toque deve ser
Mais sincero que o seu
Próprio
Não suporto sofrimento
Prefiro me transformar
Em símbolos
Pra colecionar
No seu diário

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Gêmeos

Um sereno intenso
Vem calmo e denso
Meu equilíbrio gêmeo
É forte e manso
Chegou imenso
De um jeito que
Não canso

sexta-feira, 23 de março de 2012

O Laço

Não sei se um Pedaço
Ou
Um Inteiro Divino
Desejo a Fusão Primordial
Sonho concreto ou ilusão?
Vivo a Expansão Universal
Destino reto ou não?
Sou do Todo um Pouquinho
Num Laço Infinito
Levo Amigos no Caminho
Desejamos voltar ao Ninho
Absoluto ou mito?
Sei que amo um Gênio
Encontrei Fora de Mim
Ele é o Rei do milênio
E afaga Dentro Daqui



quinta-feira, 8 de março de 2012

ÚMIDOS

Em cada gota
Um suspiro
Desprendendo rochas
Chorou a moça
Um profundo rio

Na corrente
Entre algas
Nada moveu o moço
Que se afogou
Deslizando no vazio

Criador da esfera
Levem-nos adiante
Para o mar do teu sonho
Ao mel da tua fonte

terça-feira, 8 de novembro de 2011

The true genius of humanity will unlock the mystery of the soul. 
All other great men will only be visionaries using the tools inherent in nature.
Thus, there is nothing to be gained by disguising what is external without understanding the essence.
Run! Who knows maybe it's you.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ALCANÇOU CONSTELAÇÕES MEU REI JEQUITIBÁ (cariniana estrellensis)



Representou o mais frágil
Deu pompa ao abismo
A Coroa de Hércules
Negou
Desprezou o Compasso
Não fechou o círculo
A Ave do Paraíso 
Sangrou


Secretamente
Orgulhou-se do altruísmo
Mas no vazio
Habitou
Noutro manifesto
Convocou o Cornífero
Em seu manto o tronco
Disfarçou


Um sincretismo tolo
Ilustrou
De um sincero eufemismo
Abusou
Do Arqueiro a Flecha
Desviou
Da mimosa acácia
Gabou


Mas seu destino o Esquadro
Traçou
Um Altar ao Pavão
Reservou
No seu corpo um Triângulo
Gravou:
Tua madeira é branca
Creme a flor!


Num conto envolvente
Destilou
Seu veneno inocente
Desvelou
A tortuosa semente
Nunca voou
É o vento  quem dispersa
Seu amor


sábado, 22 de outubro de 2011

A "DEMÔNIOCRACIA" NO SAMBA

A Nova Era chegou, já calçou o seu estilo?
Se você tem glamour vem comigo
Esteja bento ou crescido
Traga alfinetes e agulhas
Para o voodoo coletivo
Vista a armadura da ilusão
Siga o "ditador evoluído"
Vem ser mais um Sultão
Desse exército desnutrido


(2X)
Sou um moderno zumbi
Sou fashion, sou diva
Importei da Colômbia a "colombina"
Implantei meu chip nas Maldivas
Transformei serpentes em cortinas
E sambei na cara da polícia


Grafite é a arte "da hora"
Esqueçam a precisão do Magritte
Vamos poluir Mundo afora
Vamos consumir sem limites
Capturem a essência da obra
Tattoo é  tendência na folia
Trinta mil caveiras bandidas
Zombando da alegria

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

THE TWISTED ACACIA / ACACIA TORTUOSA (A ÚLTIMA COBAIA DO MILÊNIO)



Vem no delay da Ciência
A virtuosa calamidade
Debruçada na ignorância
Sufocada por ansiedade
Cavalgando a esperança
Seduzida pela maldade
Vem garantir na dança
Os passos da bondade


E quando todos os castelos
Enfim, igualmente erguidos
Libertar-se-ão os pássaros
Dos amores perdidos
Esquecendo na prisão
Velhos tempos sofridos
Para reunir nos caminhos
Verdadeiros sentidos


Vem o Rei da paciência
Na tortuosa prosperidade
Provocada por ganância
Alienada pela sociedade
Protegendo a criança
Induzida por vaidade
Vem distribuir na balança
O espaço da cidade


E quando todos os castelos
Enfim, igualmente erguidos
Libertar-se-ão os pássaros
Dos amores perdidos
Esquecendo na prisão
Velhos tempos sofridos
Para reunir nos caminhos
Verdadeiros sentidos


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

KÁZIA KHAOS KALÒN KACÓN (Pandora)


No fractal das Horas
Tecem as Parcas
Melodias eruditas
Ao Rei menino
No ritual das cordas
Trançam as Graças
Prelúdios-registros
Do ensino
De Nostradamus

A profecia
O arqueiro de Júpiter

Vingaria
Somente Mercúrio
Na bela lira
Poderá despertar
Aurora ferida
Quem outrora Pã
Seduzira
Na densa vinha

Jazia
Sob feitiço de Nix
Traída
O que restou na taça

Harmoniza
Lua na sétima casa

Humaniza
O filho de Caos se aproxima
De Esperança é a alegoria
Águia e corvo equilibram
O Aquário translúcido que confia
Por amor ao homem anuncio
A Era Diamante que tardia