segunda-feira, 20 de junho de 2011

A LAVA DA PELE

Aqueceu no delírio febril
Da minha pele
Lava
Senti gelar seu quadril
Pedra
O calor do amor
Não pode esfriar
Fogo
Seu sólido instante
Deve queimar
Minhas florestas são fogueiras
Sua madeira esculpida
Desejo
Incendiar
Nada além à deriva
Trago rochas para esquentar
As labaredas dançam nas curvas
Vão lhe transformar
As cordilheiras derretem no corpo
Vão lhe modelar
Seu morno ferveu
Tem fumaça no ar
Vamos incendiar

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